domingo, 30 de maio de 2010

A procura...



"Eu amava
Como amava um pescador

Que se encanta mais
Com a rede que com o mar
Eu amava, como jamais poderia
Se soubesse como te encontrar..."


Quando realizei essa foto dos pescadores nos molhes do Rio Mampituba, em Torres/RS, lembrei e cantarolei mentalmente o trecho da linda música "LUA E FLOR" de Oswaldo Montenegro.
O Rio Mampituba divide os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os pescadores estão no RS e do outro lado é SC.
Às vezes, expresso-me por textos, outras vezes, através da fotografia.
Para mim, esta foto tem um significado imenso pela cena em si, e pelo lugar, e terá um significado diferente para você.
É a expressão de um sentimento através do olhar...



Foto: PPH...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A lição de uma Andorinha.


" A VIDA SEPARA APENAS DOIS OLHARES, NUNCA DOIS CORAÇÕES."




Aqui nesta foto, sua companheira foi machucada e a condição é fatal. Ela foi pega por um carro, enquanto voava baixo em uma rua.





Ele traz comida para ela, e a atende com amor e compaixão...





E trouxe comida novamente, mas ficou chocado ao encontrá-la morta. Tentou movê-la... Um esforço raramente visto entre andorinhas!!!





Mas percebe que sua Querida está morta, e que nunca mais voltará para ele...
Ele chora tristemente a perda do seu adorado amor...





Permaneceu ao lado dela tristemente em sua morte...





Finalmente, consciente de que ela não retornaria jamais...
Permaneceu ao lado de seu corpo com tristeza.




E muitas pessoas pensam que os animais não tem sentimentos.
Até os animais tem sentimentos.

O verdadeiro amor é
aquele que nos faz ser melhor do que já somos,

aquele que o vento não leva, e a distância não separa.



Fotos: Internet

domingo, 23 de maio de 2010

Será um típico típico trabalhador ou empresário brasileiro?


Nelson é um guardador de carros de rua. Ele é visto, diariamente, em um quarteirão em frente ao meu local de trabalho, próximo a um dos hospitais mais movimentados de Porto Alegre. É mais um desses "flanelinhas" que pedem dinheiro, quando você estaciona o carro em seu "território". Agora ele é cadastrado pela Prefeitura Municipal, pois aqui em Porto Alegre os guardadores de carro ou "flanelinhas" são regulamentados, usando uniforme e crachá. Ele não cobra uma taxa fixa por estacionamento, ou seja, o motorista dá quanto quiser. Em geral, as pessoas dão desde moedas até notas de R$ 2,00 ou R$ 5,00, conforme o tipo de freguês. Além de guardar os carros, ele também presta um serviço de lavagem de carros, cobrando R$ 10,00 por lavagem, que é o único serviço com taxa fixa. Não sei de onde ele tira a água para lavar os carros, mas, provavelmente, de alguma torneira de uma das duas empresas que possuem sede no quarteirão que faz parte de sua jurisdição.

Conheço o Nelson há 10 anos, desde quando ele se estabeceu como guardador de carros em frente ao meu local de trabalho. Mas ele chamou-me mesmo a atenção um dia em que uma mulher apareceu no "seu local de trabalho" com duas meninas beirando os 04 anos de idade, cobrando pensão alimentícia atrasada. Após uma pequena discussão, e diante da negativa de levar algum dinheiro, a mulher subiu em um caixote e começou a gritar, fazendo um discurso em frente ao prédio da minha empresa, que deve ter umas 300 pessoas como espectadoras, blasfemiando todo o tipo de impropérios contra ele. Quando ela faz isso, para acalmá-la, ele sempre dá um dinheiro a ela, fazendo com que ela pare de gritar e vá embora. Teve uma vez que, inclusive, ela chamou a Brigada Militar (Polícia Militar do RS), a qual levou o Nelson preso, pois a mulher havia alegado que ele a tinha ameaçado com uma faca. Não sei se o Nelson a ameaçou mesmo, pois a faca que ele usa é uma faquinha pequena dessas de serrina, que ele usa para descascar frutas, coisa que eu por diversas vezes presenciei. Enfim, acho que ele já aprendeu a lição, pois faz muitos anos que ela não vai lá dar seu espetáculo gratuito para seus quase 300 espectadores. As duas filhinhas dele hoje estão com 08 e 06 anos, e são vistas pelo menos um dia da semana com ele, provavelmente, seu dia de visitas. As meninas são educadinhas, pois sempre a partir das 17h30min, que é o horário de término da jornada de trabalho da minha empresa, ficam no portão de saída dizendo para as pessoas: - Boa noite e bom descanso.

Um grande número de pessoas, além de dar o dinheiro do dia pela guarda dos carros, ajuda o Nelson e as meninas com roupas usadas e material escolar. Uma vez, uma das meninas ficou na minha volta, em frente a minha empresa, me pedindo dinheiro, quando foi repreendida pelo pai, que lhe disse: - Se tu ficares incomodando as pessoas, ninguém vai te dar nada na vida. Aquilo deixou-me pensando o que ele ensina para suas filhas. Na verdade, ele ensina o que ele pratica e acredita. Fiquei pensando se seria benéfico as pessoas darem dinheiro e roupas para o Nelson. Já escrevi em outro post sobre minha opinião de ser contra dar esmolas. Mas afinal de contas, o Nelson de alguma forma trabalha e merece ser recompensado pelo seu trabalho. Mas será que ele encara, realmente, aquilo como trabalho?

Não sei quanto o Nelson ganha, mas ele é visto todos os dias tomando cerveja após o expediente, em bares próximos dali, bem como almoça frequentemente no mesmo restaurante em que os funcionários da minha empresa almoçam. Um dia, saindo do almoço, vi ele recostando-se em uma cadeira dessas de lona, tipo "preguiçosa", para tirar uma "sesta". Passei por ele, quando o mesmo estava se acomodando na cadeira, e perguntei: - Ué, dormindo em horário de trabalho? E ele respondeu: - Estou em meu horário de almoço, e além do mais eu não tenho patrão, pois sou dono do meu próprio negócio. E eu tive que escutar essa calado, pois ele tinha toda a razão.

Certa vez, esperando um táxi na frente da minha empresa, para fazer um deslocamento em um serviço externo, conversei com o Nelson. Na ocasião, ele me disse que antes de ter seu "negócio próprio", trabalhou em uma metalúrgica com carteira assinada, na função de Auxiliar de Torneiro Mecânico, mas que como empregado ele ganhava muito pouco, quando comparado com o seu "próprio negócio". Disse-me na ocasião, que hoje ele mora em uma casinha modesta, em uma vila popular de Porto Alegre. Quando perguntei-lhe se ele morava sozinho, ele me disse que sim, e disse: - Aproveito a vida ao máximo, e nunca estou sozinho, pois sempre levo um corpinho diferente para casa.

Já vi, também, o Nelson ter um caso, apesar do seu jeito meio "maloqueiro", com uma estagiária, coisa mais linda, da empresa em que trabalho. Quando vi, não acreditei! Mas, várias vezes vi os dois abraçados e se beijando. Apesar de sua condição, o Nelson deve ter um bom papo com as mulheres.

Esse é o Nelson, um guardador de carros ou "flanelinha", que não declara imposto de renda, que não tem férias para não perder seu ponto, que teve dois "casamentos", que paga pensão alimentícia para duas filhas, e que vive a sua vida honestamente. Será um típico trabalhador ou empresário brasileiro?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Os Caminhos do Sul: Torres.

Em maio deste ano, fui à Praia de Torres/RS assistir o 22º Festival Internacional de Balonismo, na tentativa de conseguir realizar boas fotos.

Para quem não conhece, Torres fica à 198 Km da capital Porto Alegre. É, sem dúvida nenhuma, a mais linda praia do litoral gaúcho. Caracterizada por suas formações rochosas à beira-mar chamadas furnas, é uma praia que fica entre o mar e a Serra Geral. É a última praia ao norte do litoral gaúcho, fazendo divisa com o Estado de Santa Catarina, através do Rio Mampituba.

E foi nesse cenário, em dias lindos de sábado e domingo (01 e 02 de maio), que aconteceu o 22º Festival Internacional de Balonismo. Na verdade, o Festival foi um evento de quatro dias (29 e 30 de abril e 01 e 02 de maio), mas eu só fui os dois dias do final de semana. Eventos consecutivos como este acontecem somente em outros dois lugares do mundo: Alburqueque, no Novo México, e Chateau D'Ouex, na Suíça.

Um balão a ar quente é subdividido em três partes principais: o envelope, o maçarico, e o cesto. O piloto só consegue controlar duas coisas: a subida e a descida. Se ele insuflar o envelope com ar quente, através de um maçarico, o balão sobe, e para descer, ele deixa o ar esfriar, o que torna o balão mais pesado que o ar, fazendo-o descer. O maçarico é posicionado acima da cabeça dos passageiros e produz uma enorme chama para aquecer o ar dentro do envelope. Assim, o piloto tem total controle dos movimentos para cima e para baixo, controlando a temperatura do envelope. Durante o voo, os balões flutuam no ar e são impulsionados pelas correntes de vento. É verdade que o piloto não sabe, com antecedência, onde o balão vai pousar, mas isso não significa que ele não tenha controle do voo e do pouso, ou seja, deve-se sempre procurar uma altitude onde haja uma corrente de vento na direção e sentido favorável aonde o piloto quer ir. Durante todo o voo, o balão é seguido pela equipe de resgate. O piloto mantém contato com sua equipe através do rádio, orientando-os para que sempre cheguem junto com o balão, quando este faz o pouso final. Toda esta perseguição é uma aventura em si. Depois do pouso, a equipe empacota o balão e os equipamentos no carro de resgate, e todos voltam juntos para o local de decolagem. Os melhores horários para voar de balão é antes das 7:00h e depois das 16:00h, que eram sempre os horários dos voos no Festival, pois é quando o vento está mais favorável.

Não foi dessa vez ainda que eu consegui voar de balão, mas realizei meu sonho de voar em um paraglider, como pude mostrar em um post anterior. Tudo tem sua hora certa para acontecer, assim como aconteceu meu voo de paraglider ou parapente a motor, como queiram.

A seguir, você poderá curtir um slide show com fotos dos balões nos céus de Torres, bem como recordar meu voo de paraglider, com fotos aéreas da belíssima orla e cidade de Torres, feitas por mim. Espero que gostem. Dou crédito ao meu amigo José Ademir, a qual tive o prazer de encontrar em Torres, e como eu adora fotografia, e que realizou boa parte das fotos.


terça-feira, 11 de maio de 2010

O meu sonho é voar...

No dia 01 de maio deste ano (sábado) aconteceu o 22º Festival de Balonismo na Praia de Torres/RS. Esse Festival é uma competição de balonismo que acontece todos os anos, e eu confesso que o evento nunca havia me chamado a atenção, durante todos esses anos. A Escola de Fotografia, a qual eu fiz alguns cursos, estava promovendo uma excursão para seus alunos, com o objetivo de passar o fim de semana em Torres, participar do Festival, e realizar muitas fotos. Eu iria nessa excursão, mas na última hora resolvi ir por conta própria e levar minha filha Nathália junto. Comecei a pesquisar hotéis e a programação do evento, e descobri que uma carioca do Rio, que iria competir, estava proporcionando passeios turísticos de balão. Como o evento começou na quinta-feira, dia 29 de abril, e eu havia decidido ir sem a excursão na última hora, não consegui vaga para voar de balão, que sempre foi meu sonho. Aliás, meu sonho sempre foi voar de asa delta ou saltar de paraquedas, mas nunca tinha surgido a oportunidade. E agora, voar de Balão seria a realização do meu sonho de voar, mas como disse, cheguei atrasado. Acabei indo a Torres sem o sonho de voar, mas com o objetivo de fazer muitas fotos dos balões. Quando cheguei lá, subi o Morro no Farol, onde há uma vista belíssima de toda a orla e das furnas, e vi que havia um pessoal oferecendo voo duplo de paraglider a motor. Meus olhos brilharam, meu coração disparou, e fui tomado de uma adrenalina a qual poucas vezes senti, pois estava cara a cara com o meu sonho.
A seguir, algumas fotos dos preparativos, da decolagem, do voo, e do pouso de meu sonho de voar:


A DECOLAGEM





O VOO





O POUSO





EMBARQUE COMIGO NESSA EMOÇÃO





Agradecimentos:

Gostaria de agradecer ao meu amigo José Ademir, a qual eu encontrei em Torres, e que realizou todas as fotos do post, registrando o meu sonho, para que eu pudesse sempre lembrar que um dia isso foi realidade.
À minha filha Nathália que com sua câmera registrou os preparativos e a decolagem do voo.
E a Deus que me permitiu essa oportunidade única e inesquecível.

sábado, 8 de maio de 2010

08 de maio: uma data especial...


Hoje é dia do meu aniversário!!! 08 de maio!!! Esse ano caiu em um sábado. Um dia especial, porque você é lembrado pelos amigos que te telefonam e enviam mensagens com palavras lindas de felicitações, pois de uma certa forma lembram de ti.

É uma data em você recebe demonstrações de carinho das mais diversas formas, muitas vezes de pessoas que você não imaginaria que lembrariam de você.

É o dia em que você comemora mais um ano de vida.

É o início do seu "Ano Civil".

É o seu Ano Novo particular.

É quando você reavalia uma série de coisas, e faz planos para o futuro.

É a celebração da sua vida!!!

Agradeço a Deus por estar com saúde, pois estar saudável é o melhor presente que eu poderia ter. Com saúde, o resto a gente corre atrás...

Obrigado a todos os amigos que ainda estão comigo, os que já se foram, os que ainda estão por vir, e a todas as pessoas em que algum momento fizeram parte da minha vida, pois hoje sou um pouco da contribuição de cada um de vocês.

Viva o dia 08 de maio de 2010!!!!

E, viva a VIDA!!!


Foto: internet.