quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O vaga-lume.


Conta a lenda que uma vez uma serpente começou a perseguir um vaga-lume.
Este fugia rápido, com medo da feroz predadora e a serpente nem pensava em desistir.
Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada...
No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse à cobra:
- Posso lhe fazer três perguntas?
- Não costumo abrir esse precedente, mas já que vou te devorar mesmo, pode perguntar.
- Pertenço a sua cadeia alimentar?
- Não.
- Eu te fiz algum mal?
- Não.
- Então, por que você quer acabar comigo?
- Porque não suporto ver você brilhar...


"Pense nisso e selecione as pessoas em quem confiar." 

sábado, 31 de agosto de 2013

Médicos cubanos.



O Brasil é o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que se propõem a dar assistência médica e hospitalar gratuita para todos. Porém, para cumprir esse objetivo o governo brasileiro depara-se com problemas que vão desde a má gestão dos serviços públicos, fraudes no SUS (Sistema Único de Saúde) e, sobretudo, a falta de médicos. Em todo o Brasil, são 701 municípios que não têm sequer um médico.
Impulsionado pelas manifestações populares que tomaram as ruas em junho desse ano, o governo Dilma resolveu por em prática o programa "Mais médicos", que prevê a contratação de médicos formados fora do país para ocupar vagas rejeitadas por médicos brasileiros, sendo quatro mil profissionais de Cuba. Os médicos estrangeiros estão sendo recebidos com vaias nos aeroportos por seus colegas brasileiros. Existe uma grande polêmica sobre o assunto. Os médicos brasileiros, o Conselho Regional de Medicina e uma boa parte da população não aprovam a contratação desses profissionais pelo governo brasileiro. Os motivos são inúmeros, porém, todos eles são mascarados por um único motivo: o questionamento da competência desses profissionais cubanos. Claro que todos nós sabemos que os CRMs (Conselhos Regionais de Medicina) estão pensando, sobretudo, na falta de arrecadação de 4.000 anuidades profissionais, falando-se só dos médicos cubanos, e falam de exercício ilegal da profissão, como se a medicina do Brasil fosse diferente da do resto do mundo. Os médicos brasileiros estão preocupados com a reserva de mercado, mas esquecem-se que as vagas interiorizadas abertas para eles  não foram ocupadas. Além disso, existe mais uma vez uma posição clara das Organizações Globo de, sutilmente, desestabilizar o governo Dilma, tentando formar uma opinião pública desfavorável ao programa "Mais médicos", mesmo que para isso inúmeras populações fiquem desassistidas.
Essa posição da "Globo" ficou clara quando resolveu censurar o site da "Globo News" e retirar a fala do jornalista Jorge Pontual (correspondente das Organizações Globo em Nova York) do programa "Em Pauta" e "Sem Fronteiras".
Os jornalistas das Organizações Globo e suas afiliadas sempre declaram que têm total liberdade de expressar suas opiniões, o que não é verdade, pois se essa opinião for contrária à do Editorial da empresa, a censura é certa.
Ainda bem que existe a internet e as redes sociais, onde a informação é pura e democrática, para não deixar que a Rede Globo censure e forme a opinião do povo, como faziam os meios de comunicação na época da ditadura militar.
Abaixo, um vídeo onde o jornalista Jorge Pontual fala sobre a realidade do sistema médico de Cuba, sobre a diferença das políticas médicas de Brasil e Cuba e sobre a realidade da competência dos médicos cubanos. Ainda bem que alguém filmou a reportagem da "Globo News" antes que a mesma fosse retirada do site da "Globo". Não sei como vai ficar a situação do Jorge Pontual nas Organizações Globo, mas se ele não sair de lá, no mínimo deve ter levado um belo "puxão de orelhas" por ser contrário à linha de pensamento da empresa.
O objetivo desse post não é formar opinião, mas, sim, dar-lhe mais informações para que você forme a sua opinião sobre o assunto.

Bom vídeo: 


sábado, 11 de maio de 2013

Para pensar e refletir...



É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto e o chopp gelado. 
É fácil amar o outro nas férias, 
no churrasco, nas festas ou quando se vê de vez em quando.
Difícil é amar quando o outro desaba, quando não acredita em mais nada e entende tudo errado. Quando paralisa, perde o charme, o prazo, a identidade e a coerência. Nessas horas é que se vê o verdadeiro amor, aquele que quer o bem acima de tudo. É esse amor que dura para sempre, na verdade, esse é o único tipo que pode ser chamado de amor.

 Pedro Bial.

Imagem da internet.

domingo, 28 de abril de 2013

Carta à Anna.



Oi Prima!


A última vez que nos vimos foi em uma festa que organizaste para todos da família "PINTO". Lembro-me que me ligaste, convidando-me para uma festa na casa do Tio Gelson, com o objetivo de reunir todos os tios, primos e sobrinhos da família. Aliás, essa sempre foi uma característica tua, ou seja, a de aproximar e reunir a todos. Essa festa foi no ano passado. Lembro que tinha tanta gente e muitas pessoas tinham que ser apresentadas, devido aos anos passados. Os tios e primos que cresceram juntos eram fáceis de serem reconhecidos, porém, os sobrinos netos e até sobrinhos bisnetos que há 20 anos atrás, ou mais, eram pequeninhos, ou não eram nascidos, e que agora estavam adultos, seriam impossíveis de serem reconhecidos. Foi um churrasco que aqui no sul a gente chama de "encosta carne", ou seja, cada um levou sua carne, ou melhor, seu galeto, que foi para facilitar as coisas, e assamos tudo na mesma churrasqueira. Havia tantos espetos a serem assados, que foi necessário acender as duas churrasqueiras da casa do Tio Gelson para se fazer o churrasco. Cheguei a levar a minha câmera fotográfica para documentar o evento, mas, em geral, quem fotografa tem sua participação um pouco prejudicada. Por isso, fiz poucas fotos, pois foi impossível não participar ativamente da festa e, mesmo assim, foi difícil conversar com todos, pois havia muitos assuntos a serem colocados em dia e lembranças a serem lembradas, já que havia se passado muitos anos e nunca alguém havia conseguido reunir tanta gente da família como tu conseguiste. Deveríamos ter feito uma foto de toda a família reunida, o que, infelizmente, ficou para o próximo evento. Mas será que caberiam todos na mesma foto, prima? Muito obrigado por esse presente que tu proporcionaste a todos nós.

Pela grande proximidade que sempre tiveste com minha mãe, de uma certa forma, sempre te considerei como a irmã mais velha que, biologicamente, não tive. Confesso-te que, às vezes, batia um certo ciúme em mim com relação a ti e minha mãe, quando ela dizia, por exemplo, que o antigo relógio de pêndulo da sala dela e o espelho de cristal da Boêmia, que eram heranças deixadas por nossos avós e padrinhos à minha mãe, seriam heranças para ti. Acredita, prima? Enfim, tu foste a filha mais velha que minha mãe não teve e uma verdadeira irmã para mim e meu irmão.

Quantas lembranças maravilhosas temos da nossa infância, hein? Sempre que nos encontrávamos essas lembranças vinham à tona. Os veraneios na propriedade do vô Waldemar, na Ponta Grossa, os passeios na lancha do Tio Gelson, os natais em família, em que a vó Celina tinha o maior prazer de fazer para todos nós netos, os veraneios em Tramandaí, enfim, tivemos uma infância juntos que poucos puderam ter.

A correria do dia a dia fez que nos encontrássemos pouco nos últimos anos, mas tu sempre dava um jeitinho de visitar todo mundo ou reunir a família em grandes eventos. Em todas as comemorações importantes da minha vida, tua presença sempre foi obrigatória, marcante, e tu sempre fez-te presente.

Sempre tive vontade de dizer o quanto te admirei como mulher batalhadora, guerreira e independente. Uma mulher, realmente, forte e à frente de seu tempo. Sempre lutaste com coragem nessa vida, como poucas mulheres o fazem, e formaste uma família linda com o Zé e teus três filhos. Tiveste conquistas legais, muitos sonhos realizados, e todos méritos teus, prima! Foste um grande exemplo para todos os teus amigos e para tua família.

Cheguei a comentar com tuas irmãs (Marinice e Márcia), que sempre imaginei que, assim como crescemos juntos na infância, envenheceríamos juntos, e que quando estivéssemos bem velhinhos, fôssemos nos despendindo todos mais ou menos na mesma época. Mas nem sempre é a nossa vontade que prevalece, mas, sim, a vontade do grande Pai.

Sei que deixa-nos prematuramente e de uma forma inesperada. Confesso-te que, às vezes, eu ainda não acredito, prima! Mas enfim, foi assim que Deus quis. Sei que onde estiveres, estarás bem, e vais encontrar os nossos queridos avós e padrinhos, Waldemar e Celina, bem como teus pais e irmão.

Pela última vez, reuniste a todos em tua despedida, que só mostrou como tu foste querida por todos os teus familiares e amigos. Conseguiste reunir em um só lugar, ao mesmo tempo, pessoas que eu não imaginava que seriam reunidas. Só tu, mesmo, para realizar tal façanha, querida prima!

Agora, tu vais brilhar como uma estrela no céu, como brilhaste nessa vida e como sempre brilhará nos corações de todos nós.

O que me conforta um pouco é que um dia, inevitavelmente, vamos nos encontrar novamente.

Foi um privilégio ter tido o teu convívio nessa vida, prima amada! Deixas uma lacuna e dor irreparáveis.


Adeus, Anninha! Até um dia!

Saudades eternas.

Paulo.