sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A Lista.

Mais uma bela contribuição da prima Francil:



A Lista

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados prá sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantos defeitos sanados com o tempo
Era o melhor que havia em você
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia prá sobreviver
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você

Autor: Beto Brasiliense

A Terapia.

Hoje em dia ainda existe um preconceito muito grande com relação a psicologia e a psiquiatria.

Eu, particularmente, ainda tenho um certo preconceito com a psiquiatria, pois ainda acho que a mesma é direcionada exclusivamente ao tratamento de deficiências químicas do cérebro, por serem médicos, os psiquiatras. Esse preconceito se desfez um pouco quando li Flávio Gikovate, que é um médico psiquiatra com uma linguagem muito acessível ao público leigo.

No Livro “Homem - O Sexo Frágil?”, Gikovate descreve toda a psicologia masculina desde o nascimento do menino, sua adolescência, idade adulta, até a velhice. É um livro de uma linguagem muito simples, que abre a “caixa preta” do universo masculino, e que eu recomendo tanto para os homens que querem se conhecer melhor, quanto para as mulheres, dando a elas condições de entender melhor os homens. Mas Flávio Gikovate não acabou totalmente com meu preconceito com relação aos psiquiatras, pois ele deve ser uma exceção. Prefiro a psicologia e a psicanálise. Talvez, algum profissional possa fazer-me mudar de idéia de que os psiquiatras não são especialistas em psicoterapia, sendo que esta, com certeza, deve ser uma idéia completamente distorcida que eu ainda tenho.

Mas a psicologia eu acho fantástica, contrariando a maioria das pessoas que acham que psicólogo é recomendado para loucos e desequilibrados.

Certa vez, perguntei para uma psicóloga amiga minha sobre quem deveria fazer psicoterapia. Ela respondeu-me o seguinte: “Quem teve pai e mãe deve se tratar”.

Na verdade, todas as pessoas tiveram seus traumas de infância, adolescência e ainda os tem até mesmo na fase adulta. Passamos uma vida inteira como um barco à deriva, sem sequer nos conhecermos, colocando toda a culpa de nossos medos e frustrações no outro, sem olharmos para dentro de nós mesmos. Com certeza, as pessoas não se conhecem a si próprias.

Segundo a “Janela de Johari”, que é uma ferramenta conceitual, criada por Joseph Luft e Harrington Ingham em 1955, que tem como objetivo auxiliar no entendimento da comunicação interpessoal e nos relacionamentos com um grupo, temos quatro “Eus”: o Eu Aberto, o Eu Secreto, o Eu Cego e o Eu Inconsciente.

O Eu Aberto é aquele que você conhece e todo mundo conhece. Você pensa que grande parte desse “Eu” é você.

O Eu Secreto é aquele que só você conhece e que os outros não conhecem. Nesse “Eu” estão suas coisas conscientes mais íntimas, apesar de que você acaba em algum momento mostrando esse “Eu”, sem querer, para as outras pessoas.

O Eu Cego é aquele que as outras pessoas conhecem e você não conhece. É como as pessoas lhe percebem, e você não sabe que é percebido dessa maneira. Uma boa analogia para entender-se o Eu Cego é quando você estranha o tom de sua voz em uma gravação, ou se vê em um filme. Não sei você, mas eu sempre me acho estranho nessas situações físicas. Sempre acho que aquele não sou eu, que me movimento diferente, que sou mais magro ou que tenho a voz diferente. E isso é físico, imagina o psicológico.

O Eu Inconsciente, sim, é o mais perigoso, pois é aquele que você não conhece, e nem os outros conhecem. É um “Eu” que surpreende ou surpreenderá você e os outros em algum momento de sua vida.

Para conhecer o seu “Eu Cego”, você tem que estar disposto a receber “feedback” das outras pessoas. E não é fácil dar e receber “feedback”.

O seu Eu Inconsciente, então, para conhecê-lo seria impossível para leigos, pois essas pessoas não tem o preparo de um psicólogo para poder fazer uma leitura precisa desse Eu.

Por isso a importância de um profissional como um psicólogo para fazer as perguntas certas, e você encontrar as suas melhores respostas.

Tenho notado que pessoas que fazem psicoterapia são pessoas muito humanizadas, equilibradas e com uma visão de mundo excelente, pois conhecem muito de si mesmas, e tem uma compreensão das coisas, diferente das outras pessoas. São pessoas que, em conflitos de relacionamento, sabem reconhecer a sua parcela de contribuição.

Em geral, as pessoas acham que a psicoterapia demora muitos anos, pois querem se conhecer em uma ou duas sessões. Realmente, demora muitos anos ou toda uma vida. As pessoas vivem 30, 40 ou até 50 anos navegando psicologicamente a deriva pela vida, sem se conhecerem, e acham que podem achar suas respostas em uma meia dúzia de sessões. Isso não faz sentido. E o mais interessante é que as pessoas adoram falar de seus problemas para os amigos, pedindo opiniões deles, sendo que assim corre-se o risco de algum dia o livro de sua vida estar espalhado pelo mundo como um tablóide de fofocas.

Eu sempre que possível incentivo as pessoas a se darem essa oportunidade, ou fazerem esse investimento na psicoterapia para procurarem um melhor conhecimento de si mesmas.

Assim, com certeza, teremos seres humanos mais organizados e equilibrados, relacionamentos humanos mais saudáveis e, principalmente, menos loucos nesse mundo.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Um dia importante...

Hoje foi um dia de decisões e de escolhas muito importantes na minha vida.

Decisão, como o nome diz, significa uma cisão definitiva.

Decisões são solitárias, pois ninguém tem condições de opinar sobre as escolhas do outro, já que quem tem que tomar a decisão é o único merecedor das vitórias e o único que irá assumir as suas consequências.

Tudo deve ser feito no seu tempo certo, ou seja, no tempo individual de cada um.

Quando eu pensava o que escrever para marcar esse dia, nasceu minha primeira poesia:


Presente Temporal

O presente contado agora,
vira uma grande fofoca.
Contado no futuro,
vira apenas mais uma história.


Quem sabe um dia eu conto essa história no futuro...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O Velho que fala alto.

Algumas pessoas anônimas, às vezes, chamam a atenção da gente.

Assim, aconteceu comigo em um bar localizado no centro de Porto Alegre, na esquina da avenida Borges de Medeiros com a rua Demétrio Ribeiro, onde eu costumava jantar. É um bar muito frequentado por taxistas, e diga-se de passagem, esses profissionais sabem escolher os lugares onde come-se bem. Nesse bar ou lancheria, como queiram, além de petiscos e lanches como torradas e xis burguers, eles servem uns pratos rápidos como “A la Minutas” (arroz, ovo, feijão, fritas, bife e salada), carreteiro com feijão mexido, e um bife parmegiana, que são os meus preferidos. Frequentemente eu jantava lá, sendo que os pratos são muito baratos e deliciosos.

O lugar é um ambiente pequeno, simples, mas muito limpo, pois recentemente foi reformado.

Nesse estabelecimento, um homem aparentando uns 70 anos, chamou-me muita atenção, pois estava sempre presente no bar. Ele é careca, tem um bigode daqueles grandes que tapam a boca, e usa sempre camisas de Escolas de Samba de carnaval. Parece o ator do filme “Kojak”, e quem é dessa época vai se lembrar da figura a qual eu estou falando. Via-se que não era uma pessoa pobre, e sim de classe média.

Esse velho se acha o dono do bar, pois fala sempre muito alto, gesticula muito, e mexe com os motoristas na rua, fazendo comentários das “barberagens” dos mesmos na esquina, onde tem uma sinaleira. Parecia estar sempre alcoolizado, mas os donos do bar o conheciam e o tratavam com respeito.

O interessante é que em cem por cento das vezes em que eu frenquentei esse local, lá estava o velho sentado em uma mesa, ou na frente do bar, se achando o “dono do pedaço” e falando muito alto. Certa vez, quando eu não estava muito disposto, eu quase pedi que ele não gritasse muito, mas não o fiz para não criar confusão, e por achar que aquele espaço pertencia mais a ele do que qualquer outra pessoa.

Em um domingo desses, por volta do meio-dia, quando eu procurava um lugar para almoçar, fiquei impressionado quando passei na frente do referido estabelecimento, que estava fechado, e lá estava o velho com umas de suas camisetas de Escola de Samba, quando não estava com uma camiseta regata do Grêmio, sentado na porta do bar fechado.

Parecia que aquele bar era o seu mundo, seu espaço, seu território, e que estava guardando o bar, ou esperando que o mesmo abrisse.

Eu nunca soube o nome desse homem, se tinha família, mas o batizei de “o velho que fala alto”.

Uma figura forte, inusitada, e que era, realmente, o dono daquele território que não era o meu, mas que de uma certa forma, o velho permitia compartilhá-lo comigo.

Talvez eu sentisse falta quando fosse a esse local e não encontrasse o “velho que fala alto”, pois ele já era por mim considerado como parte integrante do bar.

Esse personagem associado ao sabor dos pratos servidos, é o segredo de um excelente jantar.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Quantos amigos você tem?

"Não conte quantos amigos você tem.
Conte com quantos você pode contar."


Autor Desconhecido.

Você compreende as pessoas?

"Para compreender as pessoas devo escutar o que elas não estão dizendo, o que elas talvez nunca venham a dizer."

John Powell.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A Cruz.


Moral da história:
Nada nesta vida é por acaso !
Muitas vezes queremos nos livrar da "cruz" que nos é dada.
Mas para tudo tem um 'para quê' e um 'por quê'...
Deus nunca nos manda algo que não possamos suportar...

E se formos abreviar estes caminhos, certamente teremos problemas !



OBSERVAÇÃO: Recebi essa mensagem de uma Prima muito Querida. Assim são os amigos verdadeiros, aqueles que lhe estendem a mão, incondicionalmente, que torcem pela sua felicidade, e que lhe apoiam nos momentos mais difíceis da sua vida, mesmo estando muito longe pela distância. São como anjos que estão ao seu lado pelo quem você é, e não pelo quem gostariam que você fosse.


Muito Obrigado, Francil...!!! Você é um ser humano maravilhoso e muito ESPECIAL, Prima...!!! Que Deus te proteja e te abençoe sempre.