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sábado, 11 de maio de 2013

Para pensar e refletir...



É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto e o chopp gelado. 
É fácil amar o outro nas férias, 
no churrasco, nas festas ou quando se vê de vez em quando.
Difícil é amar quando o outro desaba, quando não acredita em mais nada e entende tudo errado. Quando paralisa, perde o charme, o prazo, a identidade e a coerência. Nessas horas é que se vê o verdadeiro amor, aquele que quer o bem acima de tudo. É esse amor que dura para sempre, na verdade, esse é o único tipo que pode ser chamado de amor.

 Pedro Bial.

Imagem da internet.

domingo, 28 de abril de 2013

Carta à Anna.



Oi Prima!


A última vez que nos vimos foi em uma festa que organizaste para todos da família "PINTO". Lembro-me que me ligaste, convidando-me para uma festa na casa do Tio Gelson, com o objetivo de reunir todos os tios, primos e sobrinhos da família. Aliás, essa sempre foi uma característica tua, ou seja, a de aproximar e reunir a todos. Essa festa foi no ano passado. Lembro que tinha tanta gente e muitas pessoas tinham que ser apresentadas, devido aos anos passados. Os tios e primos que cresceram juntos eram fáceis de serem reconhecidos, porém, os sobrinos netos e até sobrinhos bisnetos que há 20 anos atrás, ou mais, eram pequeninhos, ou não eram nascidos, e que agora estavam adultos, seriam impossíveis de serem reconhecidos. Foi um churrasco que aqui no sul a gente chama de "encosta carne", ou seja, cada um levou sua carne, ou melhor, seu galeto, que foi para facilitar as coisas, e assamos tudo na mesma churrasqueira. Havia tantos espetos a serem assados, que foi necessário acender as duas churrasqueiras da casa do Tio Gelson para se fazer o churrasco. Cheguei a levar a minha câmera fotográfica para documentar o evento, mas, em geral, quem fotografa tem sua participação um pouco prejudicada. Por isso, fiz poucas fotos, pois foi impossível não participar ativamente da festa e, mesmo assim, foi difícil conversar com todos, pois havia muitos assuntos a serem colocados em dia e lembranças a serem lembradas, já que havia se passado muitos anos e nunca alguém havia conseguido reunir tanta gente da família como tu conseguiste. Deveríamos ter feito uma foto de toda a família reunida, o que, infelizmente, ficou para o próximo evento. Mas será que caberiam todos na mesma foto, prima? Muito obrigado por esse presente que tu proporcionaste a todos nós.

Pela grande proximidade que sempre tiveste com minha mãe, de uma certa forma, sempre te considerei como a irmã mais velha que, biologicamente, não tive. Confesso-te que, às vezes, batia um certo ciúme em mim com relação a ti e minha mãe, quando ela dizia, por exemplo, que o antigo relógio de pêndulo da sala dela e o espelho de cristal da Boêmia, que eram heranças deixadas por nossos avós e padrinhos à minha mãe, seriam heranças para ti. Acredita, prima? Enfim, tu foste a filha mais velha que minha mãe não teve e uma verdadeira irmã para mim e meu irmão.

Quantas lembranças maravilhosas temos da nossa infância, hein? Sempre que nos encontrávamos essas lembranças vinham à tona. Os veraneios na propriedade do vô Waldemar, na Ponta Grossa, os passeios na lancha do Tio Gelson, os natais em família, em que a vó Celina tinha o maior prazer de fazer para todos nós netos, os veraneios em Tramandaí, enfim, tivemos uma infância juntos que poucos puderam ter.

A correria do dia a dia fez que nos encontrássemos pouco nos últimos anos, mas tu sempre dava um jeitinho de visitar todo mundo ou reunir a família em grandes eventos. Em todas as comemorações importantes da minha vida, tua presença sempre foi obrigatória, marcante, e tu sempre fez-te presente.

Sempre tive vontade de dizer o quanto te admirei como mulher batalhadora, guerreira e independente. Uma mulher, realmente, forte e à frente de seu tempo. Sempre lutaste com coragem nessa vida, como poucas mulheres o fazem, e formaste uma família linda com o Zé e teus três filhos. Tiveste conquistas legais, muitos sonhos realizados, e todos méritos teus, prima! Foste um grande exemplo para todos os teus amigos e para tua família.

Cheguei a comentar com tuas irmãs (Marinice e Márcia), que sempre imaginei que, assim como crescemos juntos na infância, envenheceríamos juntos, e que quando estivéssemos bem velhinhos, fôssemos nos despendindo todos mais ou menos na mesma época. Mas nem sempre é a nossa vontade que prevalece, mas, sim, a vontade do grande Pai.

Sei que deixa-nos prematuramente e de uma forma inesperada. Confesso-te que, às vezes, eu ainda não acredito, prima! Mas enfim, foi assim que Deus quis. Sei que onde estiveres, estarás bem, e vais encontrar os nossos queridos avós e padrinhos, Waldemar e Celina, bem como teus pais e irmão.

Pela última vez, reuniste a todos em tua despedida, que só mostrou como tu foste querida por todos os teus familiares e amigos. Conseguiste reunir em um só lugar, ao mesmo tempo, pessoas que eu não imaginava que seriam reunidas. Só tu, mesmo, para realizar tal façanha, querida prima!

Agora, tu vais brilhar como uma estrela no céu, como brilhaste nessa vida e como sempre brilhará nos corações de todos nós.

O que me conforta um pouco é que um dia, inevitavelmente, vamos nos encontrar novamente.

Foi um privilégio ter tido o teu convívio nessa vida, prima amada! Deixas uma lacuna e dor irreparáveis.


Adeus, Anninha! Até um dia!

Saudades eternas.

Paulo.
 


sábado, 8 de setembro de 2012

Lição de casa.



Antes de julgar a minha vida ou o meu caráter... calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias. Percorra os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei e levante-se assim como eu fiz. E então, só aí poderás julgar. Cada um tem a sua própria história. Não compare a sua vida com a dos outros. Você não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida.

Clarice Lispector.
Foto da internet


terça-feira, 8 de maio de 2012

Meio século de vida - Parte II

No dia do meu aniversário, recebi várias mensagens de felicidades, mas teve uma em especial que recebi dos estagiários da área de engenharia a qual coordeno, de uma subsidiária do Grupo Empresarial a qual trabalho, e que gostaria de compartilhar com meus amigos do blog.

A seguir, a mensagem na sua íntegra, e que me emocionou muito:



"Feliz Aniversário, chefe!

Prezado Paulo,

A primeira coisa que nos vem à cabeça para lhe dizer hoje não é
muito original...
No entanto, se estas palavras pecam pela falta de originalidade, não
pecam pela falta de sinceridade:
Feliz Aniversário!
O nosso sentimento mais puro é para que você possa realizar, nos
anos vindouros, todos os seus projetos mais caros e preciosos,
pois isso é o mínimo que uma pessoa justa e honesta como você
merece.
Por tudo isso que você é, receba os nossos mais sinceros votos de
felicidades e o nosso desejo de que o seu dia de aniversário
transcorra em paz e alegria.

Um abraço,
Aline, Fernanda e Giulian"

Maio de 2012


Junto com a mensagem acima, eles me deram um presente muito lindo e original. Como eles sabem que eu amo fotografia, presentearam-me com um copo que é uma réplica de uma teleobjetiva de uma câmera profissional.

Gurizada, querida! Vocês são muito especiais, e juntos formamos, mais que uma equipe profissional de sucesso, um grupo maravilhoso de amigos. Muito obrigado, jamais vou esquecer dessa demonstração de amor e carinho! Vocês são muito especiais!!!

Meio século de vida

Hoje é dia do meu aniversário, dia de receber telefonemas e SMS de amigos, e foram muitos, como sempre. Nesta data, tenho a oportunidade de receber, também, o contato daqueles amigos que são os verdadeiros amigos, pois mesmo estando longe e sem contato por circunstâncias da vida, nesta data sempre nos encontramos, nem que seja por alguns minutos, incluindo aqueles amigos que conhecemos só pela net.

É muito gostoso fazer aniversário, pois o mundo sorri diferente para você, seus colegas e amigos fazem uma festa, enfim, é um dia de grandes festas. Neste ano, a comemoração não foi daquelas que se gasta um dinheirão com salões, comidas, música, e fotografias, mas com lembranças e comemorações, realmente, sinceras.

Confesso que me assustei um pouco, quando vi-me em frente a um bolo com duas velinhas indicando 50 anos. Quando se tem 20 anos, acha-se que os 50 anos nunca vão chegar, porém, naquele instante do "parabéns", vi-me de frente com o tempo.

Todas as idades são maravilhosas e têm que ser vividas na sua plenitude. Porém, posso dizer-lhes, para os que ainda não chegaram nesta idade, que chegar aos 50 anos é maravilhoso. Você já adquiriu alguma experiência e sabedoria, já passou por "poucas e boas", olha o mundo de outra maneira, visualiza a beleza em pequenas coisas, aproveita melhor seu tempo, e sente os prazeres da vida de maneira diferente. É uma idade em que você se sente maduro. Talvez, o corpo não tenha mais a vitalidade dos 20 anos e, realmente, não tem, mas a cabeça é outra, mais serena, e com melhores conceitos. Continuo fazendo muitos planos para o futuro, tanto no campo pessoal como no profissional. O coração, sim, continua o mesmo, apaixonando-se por pessoas, palpitando, emocionando-se, e vivendo emoções incríveis. Aliás, acho que o coração fica melhor e mais sensível. Como diz um amigo: "Paixão de velho é mais forte que de guri novo"...rsrs.

Hoje é o dia do meu aniversário de 50 anos de idade, e aproveito a oportunidade para agradecer a todas as pessoas que passaram em minha vida, pois elas, de uma forma ou outra, foram protagonistas de um grande espetáculo. Sei que é só o começo, pois Deus continua sussurando ao meu ouvido: "Não desista, pois o melhor ainda está por vir", e eu acredito plenamente nisso.

Se você ainda não chegou, ainda vai chegar lá, pois só tem um jeito de não chegar, e eu agradeço a Deus por ter chegado até aqui com muita saúde, estudando, crescendo, trabalhando, mas, principalmente, agradeço pela linda trajetória até esse ponto de vida.

Viva a vida!!!

sábado, 6 de novembro de 2010

Tudo é falta de tempo?


Em primeiro lugar, gostaria de pedir desculpas aos meus amigos da blogsfera, que já são tantos, pela minha ausência do BAR DOS NAVEGADORES. São tantas demosnstrações de carinho que tenho recebido, através de comentários e e-mails, de amigos que sentem a minha ausência do BAR. A estes gostaria de agradecer, profundamente. É para vocês que escrevo sempre, pois é muito gostoso saber que você está no pensamento de alguém, mesmo à distância. É uma amizade fantástica e, mesmo ausente do blog, gostaria de dizer que cada um de vocês é muito especial para mim.

Tenho, realmente, sentido um pouco a falta de tempo, mas a falta de postagens fez-me refletir sobre esse assunto tão simples e comum a todos: a falta de tempo.

O tempo é o único bem que é dado a todos igualmente, porém, essa administração depende de cada um. Por isso, não aceito desculpas de falta de tempo, nem de mim mesmo, nem das outras pessoas, pois tudo é uma questão de prioridade. Você prioriza algumas coisas em detrimento de outras. Quando uma pessoa dá a desculpa que não teve tempo de fazer algo, que não foi àquele encontro com os amigos, ou que não tem tempo de assumir um determinado compromisso, o que ela está lhe dizendo, na verdade, é que ela tem outras prioridades.

Mas, é impressionante como as pessoas costumam, ainda, usar a falta de tempo como a desculpa mais esfarrapada do mundo para todas as situações, sem dar-se conta que estão dizendo para outra pessoa que não fizeram determinada coisa, porque priorizaram outras.

O tempo não é a melhor desculpa, ou melhor, é a pior desculpa do mundo.

Posso dizer para vocês que minha vida anda muita corrida, mesmo. Estou fazendo minha segunda especialização, e mais dois cursos, simultaneamente. Trabalho 8 horas por dia, e ainda tenho que que fazer trabalhos desses cursos. Estou priorizando essas coisas? É claro que estou, e nem por isso vou dizer que não tenho tido tempo para escrever. E pensando sobre essas coisas, passei a refletir o porquê não estava escrevendo mais no blog, se estava priorizando outras coisas em detrimento do BAR DOS NAVEGADORES, e cheguei a uma simples conclusão: vocês, meus amigos, são muito importantes para mim, e minha ausência não se dá por falta de tempo. Com vocês tenho compartilhado textos e lido idéias muito legais, além da amizade que temos feito e cultivado, e que para mim independe da minha presença ou não aqui na blogsfera. A verdade é que ando meio sem assunto, sem inspiração, e não que não tenham acontecido coisas interessantes para compartilhar, mas não sei ainda por que está ocorrendo essa falta de inspiração para escrever. Talvez, muito de vocês que tem blog saibam do que eu estou falando, pois já vi muitos de meus amigos blogueiros passarem pela mesma situação. Até escritores famosos, que tem obrigação de escrever uma coluna diária ou semanal, tem esse problema, por que nós não o teríamos?

Mas enfim, meus amigos! Eu quero agradecer a cada um de vocês por fazerem parte da minha vida, por sentirem a minha falta, e dizer a todos que vocês são muito especiais, e que não tenho aparecido por falta de inspiração, de uma certa introspecção, mesmo, que vocês, meus amigos, são prioridade para mim, e que não tenho aparecido por algum motivo que ainda não consegui identificar, precisamente. Estou bem, estou preparando o futuro, e quero dizer que sinto muita falta de vocês, também, mas aprendi a respeitar os meus momentos.

Esse BAR DOS NAVEGADORES é muito especial para mim, por causa de vocês.

Um abraço a todos os meus melhores amigos: os meus amigos blogueiros...

terça-feira, 15 de junho de 2010

A primeira balada.


O gostoso de ter-se filhos é que a gente revive com eles as várias etapas da vida. Apesar de ter uma filha só, e o fato dela ser menina, existem etapas que são vividas por meninos e meninas, talvez emocionalmente, da mesma forma.
No sábado passado foi Dia dos Namorados, e foi, também, a primeira "Reunião Dançante" da minha filha. Uma data bem sugestiva para ir-se à primeira "Reunião Dançante". Não sei como chamam agora, bailinho, festa americana, mas na minha época, aqui no sul, chamava-se "Reunião Dançante". Nesses eventos, os meninos levam a bebida e as meninas levam a comida, e fazem uma festa dançante. Não lembro bem da minha primeira "balada" assim, mas lembro de duas ocasiões: uma na casa de uma menina, a qual eu gostava, e dizíamos que estávamos namorando, e outra no meu aniversário, na minha casa. Lembro-me que na casa da "minha primeira namorada" tinha um grupinho de meninos e meninas que dançavam, e outros que ficavam pelos cantos, só rindo e brincando. Eu era do grupo que queria dançar com as meninas. Não sabíamos dançar, e tudo era um aprendizado. Nas primeiras festinhas, dançávamos só músicas lentas ou românticas, pois dançar separado era mais difícil, e só poucas meninas arriscavam tal proeza. Começávamos a dançar musicas românticas com os corpinhos afastados, e aos pouquinhos os meninos iam apertando mais as meninas. Umas não permitiam essa aproximação, e outras, aos poucos, iam cedendo. A exicitação dos meninos era visível, pois todos acabavam ficando de "barracas armadas". O grupo de meninos que não dançavam, só se devertiam com a excitação dos meninos que dançavam, porque não tinha como esconder os "tiquinhos duros". Nessa época, eu tinha 11 anos, que é a idade da minha filha.

A "Reunião Dançante" que eu fiz na minha casa, por ocasião do meu aniversário, foi às 15:00h de um sábado. Eu já tinha alguma experiência, pois já havia participado de outras festas semelhantes, já tinha dançado, e não tinha tanta timidez em convidar as meninas para dançar. Fechávamos as cortinas da sala para criar um clima noturno ou de pouca luz, e minha mãe entrava seguidamente na sala abrindo as cortinas para entrar luz, dizendo que era muito mais divertido dançar no claro. Quando ela saía, fechávamos novamente as cortinas, e a festa romântica continuava a rolar.

Agora tudo isso voltou-me à lembrança, pois era a minha filha que estava indo a sua "Primeira Reunião Dançante", e coube a mim levá-la e buscá-la em tal evento. Quando ela recebeu o convite, em um primeiro momento, ela disse que não iria, mas aos poucos eu fui incentivando ela a ir. Era no salão de festas do coleguinha de colégio, o menino que ela gosta. Ela é louca pelo menino, mas o menino só a esnoba. Dois dias antes da Reunião Dançante ela decidiu ir. Na festinha só foram convidados os coleguinhas da sua turma.

Eu estava meio apreensivo, pois parecia que eu estava levando minha filha a um antro de leões. Era visível a apreensão dela também, pois antes de saírmos, ela foi correndo ao banheiro, com dor de barriga. Tadinha! Ela estava nervosa, e eu entendia tudo aquilo, pois já tinha sentido isso no passado. Minha filha é muito parecida comigo, quando fica muito nervosa o intestino avisa. A festa começava às 19h30min e terminaria às 23h30min. Enquanto ela descarregava seu nervosismo no banheiro, eu procurava nos Mapas do Google como chegar ao endereço. Saímos. O salão de festas era em um condomíno enorme, desses de classe média, mas parecia uma cidade, face a quantidade de blocos de apartamentos. Deixei o carro do lado de fora e fomos os dois caminhando pelas pequenas ruas, entre os blocos de apartamentos, de mãos dadas, perguntando aos moradores onde era o tal dito salão de festas. A mãozinha dela suava muito, e a minha também. Logo, localizei um prédio térreo enorme, onde havia uns meninos da mesma idade, sendo que ela logo reconheceu o seu colega amado e outros coleguinhas, todos meninos. Fui me aproximando da entrada do salão, pois só largaria minha filha com um adulto responsável pela festa, de preferência a mãe do garoto anfitrião. Na porta de entrada do salão, olhei para dentro, sem entrar, e estava tudo muito escuro, com uma música muito alta. Um ambiente e iluminação típicos das melhores casas noturnas adultas. Logo veio a porta uma mulher, que era a mãe do anfitriãozinho da festa, seu amado, dizendo:
- Pode ficar tranquilo que eu estarei todo o tempo junto.
Aquilo me tranquilizou um pouco. Durante todo o percurso de casa para a festa, eu havia passado uma porção de recomendações e dicas para minha filha, mas quando eu me dirigia de volta ao carro, no meio do caminho, eu lembrei que havia esquecido de dizer que quando ela não quissesse mais dançar com um determinado menino, que ela pedisse licença e fosse sentar. Fiquei preocupado que havia esquecido aquela recomendação, porém, lembrei que ninguém havia me dito isso, também, e que muitas coisas ela iria aprender sozinha. Voltei para casa e fiquei preocupado, esperando a hora de buscá-la.

No horário previsto para término da festa, lá estava eu, pontualmente, às 23h 30min para buscá-la. Os meninos e meninas estavam todos na frente do salão, conversando, e esperando os pais. Falei com a mãe do anfitriãozinho, agradeci, e saí com minha filha de volta para casa. Durante o caminho, perguntei como havia sido a festa, e ela disse que tinha adorado, que tinha dançado bastante, principalmente, com o menino que ela gostava. Na festa havia 16 crianças, 10 meninos e seis meninas, como em toda balada normal, onde há mais homens que mulheres. Disse que brincaram da brincadeira da vassoura, onde todos dançavam, e um menino ficava com a vassoura, sendo que quem tinha a vassoura poderia tomar o par do outro. A vassoura sempre ficava com um menino, pois haviam mais meninos que meninas. A festa tinha um DJ que colocava as músicas e controlava as luzes. Ela só reclamou que tinha um menino que, enquanto dançava, mexia no cabelo dela, e eu pensei: - Que menino safado!

Mas deu tudo certo, e sei que daqui para frente as festas vão se multiplicar, e as descobertas vão ser maiores. Muitos amigos, que também são pais e mães, principalmente as mães de meninas, me contam que as coisas vão acontecer muito rápido dos 11 aos 12 anos. Eu vejo isso no corpo da minha filha, que se desenvolve a uma velocidade incrível. Ela está ficando uma mocinha, e logo virá a primeira menstruação.

Cada vez mais, vou ter que procurar orientá-la ao máximo, dando os limites necessários, e procurando passar orientações, torcendo que ela capte o máximo possível.

Os tempos são outros, eu sei, mas de uma certa forma a vida se repete nos filhos, e esses momentos são a oportunidade que temos de revivermos coisas do passado, e tentar passar nossas experiências a eles, apesar que experiências dificilmente são passadas, pois tem que serem vividas. Os limites têm que serem dados, mas sempre adaptados aos tempos de hoje.

Foi maravilhoso poder ter tido a oportunidade de curtir mais esse primeiro momento da minha filha, pois a primeira vez de cada uma de nossas experiências a gente nunca esquece.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A Copa do Mundo da África do Sul.


Faltam menos de 24 horas para o início da Copa do Mundo. Muitos já escreveram sobre a Copa e, considerando que é um dos maiores eventos esportivos do mundo, eu não poderia deixar, simplesmente, passar em branco, ou deixar de registrar minhas percepções e sentimentos sobre o assunto.

Faz muitos anos que eu não sou fanático por futebol como a maioria dos homens, o que é considerado pelas mulheres como uma característica positiva, pois o que elas mais detestam é ver seu homem atirado em cima de um sofá às terças à noite, ou aos domingos à tarde, grudados na telinha quase que hipnotizados por uma bola disputada por 22 jogadores. De forma alguma estou criticando esse tipo de homem, até porque eu já fui um fanático por esse esporte, do tipo vestir camiseta do time do coração, que é o Grêmio, e passar um dia inteiro em um estádio de futebol, guardando lugar na arquibancada, aguardando o início de um jogo que iniciaria somente na segunda metade da tarde. Hoje limito-me a acompanhar os resultados dos jogos do campeonato gaúcho e copa do Brasil, no final do programa Fantástico da Rede Globo, até porque o futebol é um dos assuntos mais discutidos nas rodas de conversas entre os homens, e eu não poderia ficar alienado sobre o assunto.

A Copa do Mundo é diferente. Nos jogos do Brasil o país, literalmente, paralisa. Os empregados das empresas param para ver o jogo, ou uma hora antes as empresas dispensam seus empregados para irem embora para casa, como nesse ano, que haverá jogos às 15h30min. Uma hora antes do jogo ocorre uma tranqueira no trânsito, as pessoas ficam ansiosas para chegar em casa, ou se não dá tempo, procuram o lugar mais próximo onde haja uma televisão para ficar hipnotizado.

Eu, por exemplo, nos jogos do Brasil, fico ansioso minutos antes e durante todo o jogo. É uma sensação indescritível. É como se eu entrasse em campo com aqueles 11 jogadores que passam a serem vistos como guerreiros. Durante o jogo, não se escuta um barulho na rua, uma pessoa ou carro circulando, quando muito alguns poucos ônibus ou táxis, pois os serviços essenciais não podem parar. É um momento mágico, indescritível, e de silêncio absoluto nas ruas.

Além dos jogos, o que eu acho mais fabuloso durante a Copa, é que no país sede desembarcam repórteres e pessoas de todo o mundo, sendo transmitidas notícias, documentários, história, e conhecidos os pontos os turísticos daquele país. Quantos de nós já havia sequer cogitado em colocar a África do Sul em nossos roteiros de viagem? De conhecer a África do Sul de Mandela, do "apartheid" (regime de segregação racial), da AIDS, dos paradoxos de riqueza de poucos e pobreza de muitos, das tribos zulus, dos territórios de safaris, das minas de diamantes, dos vinhos sul africanos, e dos costumes de um povo que foi o berço do Brasil e da humanidade?

A África do Sul foi vista pelo mundo. O país está de parabéns, pois construiu uma infraestrutura fantástica para receber a Copa do Mundo, quando ninguém acreditava que eles conseguiriam, pois não tinham os estádios, a segurança, e a estrutura necessária para tal evento.

A próxima Copa de 2014 será no Brasil, e nós seremos vistos pelo mundo também, não só como um eixo chamado Rio-São Paulo, mas como um país continental do Oiapoque ao Chuí.

Que o Brasil se espelhe no trabalho da África do Sul de Nelson Mandela para receber a Copa.

E agora, só nos resta torcer pelo nosso país e pela conquista do Hexa.

Vamos lá, Brasil!!!

sábado, 8 de maio de 2010

08 de maio: uma data especial...


Hoje é dia do meu aniversário!!! 08 de maio!!! Esse ano caiu em um sábado. Um dia especial, porque você é lembrado pelos amigos que te telefonam e enviam mensagens com palavras lindas de felicitações, pois de uma certa forma lembram de ti.

É uma data em você recebe demonstrações de carinho das mais diversas formas, muitas vezes de pessoas que você não imaginaria que lembrariam de você.

É o dia em que você comemora mais um ano de vida.

É o início do seu "Ano Civil".

É o seu Ano Novo particular.

É quando você reavalia uma série de coisas, e faz planos para o futuro.

É a celebração da sua vida!!!

Agradeço a Deus por estar com saúde, pois estar saudável é o melhor presente que eu poderia ter. Com saúde, o resto a gente corre atrás...

Obrigado a todos os amigos que ainda estão comigo, os que já se foram, os que ainda estão por vir, e a todas as pessoas em que algum momento fizeram parte da minha vida, pois hoje sou um pouco da contribuição de cada um de vocês.

Viva o dia 08 de maio de 2010!!!!

E, viva a VIDA!!!


Foto: internet.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Devemos perceber que somos felizes.


Hoje não fui trabalhar. Aproveitei a tarde para ir ao centro da cidade, pois tinha que resolver algumas coisas por lá, e a melhor maneira de ir ao centro é de ônibus, mesmo. No ônibus, não havia notado imediatamente, havia uma moça aparentando uns vinte e poucos anos, acompanhada de uma criança de uns 7 anos de idade, que deveria ser sua filha. A criança estava sentadinha em um cadeira de rodas, mais parecendo um carrinho de bebê gigante, junto à área destinada a deficientes, dentro do ônibus. A paralisia da criança deveria ser muito grande (tetraplegia), pois nas laterais da sua cabecinha havia dois apoios. O que me chamou mais a atenção era o sorriso que aquela criança sempre tinha nos lábios, bem como o carinho e a atenção dispensada a ela por aquela, que tudo indicava, seria sua mãe.

Na última parada antes de chegar ao final da linha, a mulher sinalizou para descer. O ônibus parou, o motorista abriu a porta do carro, o cobrador (trocador) rapidamente acionou a rampa de acesso, e mãe e filha puderam descer, com seu carrinho, com tranquilidade do ônibus. Justiça seja feita, mas em geral, os ônibus de Porto Alegre, além de estarem adaptados para o acesso de pessoas com deficiência, os dispositivos, que permitem a acessibilidade de deficientes, funcionam, e os "cobradores" (trocadores) estão, em geral, capacitados a operar esses dispositivos, pelo menos é o que pude constatar em todas as vezes em que presenciei essas situações.

Após descer, a mãe seguiu seu destino, empurrando o carrinho de sua filha, e eu pudia ver de dentro do ônibus que as duas estavam sorrindo em um dia ensolarado.

Aquela cena fez eu pensar no quanto Deus foi bondoso comigo, me dando uma filha linda, inteligente, cheia de vida, e perfeita, e o quanto a minha filha me traz alegria e felicidade. Pensei na dor daquela mulher em ter uma filha com limitações físicas, e quem sabe até mentais. Fiquei horas pensando e agradecendo a Deus pela minha filhinha.

Depois de algum tempo, consegui perceber que o sorriso daquela mãe deveria ser pelo quanto aquela criança deveria ser meiga, carinhosa, devendo corresponder às suas expectativas de mãe, pois, em geral, pessoas com deficiência aprimoram outras capacidades, principalmente, emocionais e espirituais, pois somos mais do que apenas um corpo físico, esse rótulo que nos aprisiona.

Cheguei em casa, abracei a minha filha, e agradeci a Deus por proporcionar-me tamanha felicidade e reflexão.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O que devemos ensinar aos nossos filhos?


Tenho uma filha com 11 anos de idade que se chama Nathália. Uma menina linda, minha única filha, meu maior tesouro. Não é coisa de "Pai Coruja", mas minhas expectativas têm-se confirmado, pois tudo indica que vai ser uma mulher belíssima, não só pela beleza física, mas, principalmente, pela sua sabedoria e beleza interior. Minha única filha por reveses da vida.

Quando ela tinha mais ou menos 4 aninhos, eu a levava seguidamente a um parquinho perto de casa. Ela adorava andar de balanço, brincar com seus brinquedinhos na areia, e escorregar no escorregador, que por ser o único da praça, sempre foi muito concorrido, tanto que para subir a escada do mesmo formava-se uma grande fila de crianças.

Sempre que chegávamos ao parque, em geral aos domingos à tardinha, lá ia minha pequeninha correndo para garantir seu lugar na fila do escorregador. Dava uma peninha em vê-la esperar pacientemente sua vez, e eu a cuidava à distância, já que ela não gostava que eu ficasse ao seu lado, como quem já quisesse adquirir alguma independência.

Certa vez, notei que a fila do escorregador quase não andava, e constatei que um menino um pouquinho maior do que ela, após escorregar, voltava ao início da fila subindo a escada novamente, fazendo com que a fila não andasse. Fiquei admirado com aquela cena. Como podia um menino tão pequeno já querer levar vantagem sobre as outras crianças? Na segunda vez em que o menino furava a fila, vi que um homem sentado próximo a mim, ria e orgulhava-se da cena que seu filho protagonizava. Imediatamente, levantei-me indignado, e dirigi-me à escada do escorregador, impedindo que o menino continuasse passando à frente das outras crianças. Disse-lhe que existia uma fila e que ele deveria respeitá-la, e após a sua vez de escorregar ele deveria ir para o final da fila. Quando tomei a decisão de proceder dessa maneira, já esperava que o pai do menino viesse brigar comigo, ou no mínimo, chamar-me a atenção. Pelo contrário, o homem pegou seu filho pela mão, um tanto sem graça, e levou-o embora. Seu eu não tivesse tido essa atitude, provavelmente, o menino continuaria furando a fila do escorregador, insuflando o orgulho de seu papai, que estava todo orgulhoso achando que seu filho era muito esperto, pois conseguia levar vantagem sobre as outras crianças. Aquela criança não tinha culpa de nada, pois simplesmente deveria estar reproduzindo a falta de ética, desonestidade, e a falta de respeito com as outras pessoas, coisas que deveria aprender em casa com seu pai. O "homem" sabia que estava errado, tanto que que não me falou nada, muito menos ao seu filho. Então, eu me fiz a seguinte pergunta: Ensinando princípios éticos e de respeito às pessoas, não estaremos criando cordeirinhos a serem devorados por um bando de lobos?

Ao final da cena, depois que o "homem", ou porque não dizer "sem-vergonha", foi embora com seu pobre filho, outros pais vieram agradecer-me pela atitude, pois muitos disseram-me que não fariam nada para não se indispor com aquele "pai". Na maioria das vezes, os pais quando vêem uma cena dessas, ou quando seus filhos estão sendo lesados, tiram as crianças de cena. Eu preferi mostrar àquele "pai" e, principalmente, a minha filha, que essas safadezas devem ser enfrentadas, e que o correto deve sobrepor-se ao "jeitinho" ou a "lei de Gerson".

Lembro-me sempre dessa frase: "Não sei que mundo vou deixar para meus filhos, mas importa-me que filhos vou deixar a este mundo."

domingo, 18 de abril de 2010

SAWUBONA e SIKONA.


Certa vez, fazendo um curso com duração de três dias, a instrutora apresentou-se no início da primeira aula, e disse que todos os dias, no início de cada aula, faria uma saudação a todos dizendo "SAWUBONA", e que deveríamos responder "SIKONA". Para explicar o significado dessa saudação contou-nos a seguinte história: "Existe no sul da África, uma tribo Zulu em que seus habitantes usam essa saudação, ou seja, quando uma pessoa encontra a outra diz "SAWUBONA", que significa "Eu te vejo", e a outra responde "SIKONA", cuja a tradução é "Eu estou aqui". Essa tribo não adota em suas leis a pena de morte, porém, a pena máxima decretada é a invibilidade, que é o fato da pessoa deixar de existir. Uma vez a pessoa deixando de existir, ninguém a cumprimentará com "SAWUBONA", ou melhor, nenhum habitante da tribo enxergará essa pessoa. O indivíduo, simplesmente, pode gritar, fazer o que quiser para chamar a atenção dos demais, que não será mais visto por ninguém. O que acontece é que o condenado acaba abandonando a tribo e vai viver sozinho, morrendo na selva". Eu diria que essa pena é, realmente, uma pena tão cruel quanto a pena de morte física.

O famoso psicanalista francês JACQUES LACAN dizia que somos constituídos pelo "olhar do outro". Assim, no momento em que não somos mais vistos por alguém, deixamos de existir, ou seja, morremos para essa pessoa, e um pouco para nós mesmos.

Quando assisti o filme "AVATAR", uma das coisas que mais me chamou a atenção é que o nativos do planeta "Pandora" saudavam-se de maneira semelhante, dizendo um para o outro: " eu estou te vendo". Isso fez-me pensar em quantas vezes matamos pessoas, não as vendo mais, e quantas vezes somos mortos por não sermos mais vistos por algumas pessoas. Não deixa de ser uma morte em vida, em que julgamos, condenamos, e aplicamos a pena de morte enquanto matadores, ficando, simplesmente, impunes, pois é um direito de cada um escolher quem vai fazer parte de sua vida. Mas, pior que matar, é ser morto por alguém, pois para quem é morto fica a lembrança, o legado, e a saudade dos momentos felizes com o outro. E, uma vez passado o luto, já que o nosso matador (o outro que não nos vê mais) acaba morrendo para nós também, seguimos em frente pela vida, renascendo no olhar de outra pessoa. E, no momento em que renascemos, renovamos a nossa vida, pois a cada morte estamos tendo a oportunidade de termos novos olhares, tão ou mais maravilhosos do que aqueles que já tivemos um dia.

Portanto, caro leitor, eu saudo-lhe: "SAWUBONA".

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Brasil, mostra tua cara.


De tempos em tempos vem à tona os escândalos de Brasília.

Em um congresso que participei, certa vez, tive a oportunidade de assistir uma palestra do Frei Beto. Ele parecia-me bem intencionado, e foi ministro do chamado "Fome Zero", projeto que nunca saiu do papel. Na ocasião, ele dizia que aquele um ano em que permaneceu em Brasília foi uma experiência interessante, e resumiu em três palavras os interesses que movimentam os corredores do Congresso e do Senado Federal, nesta ordem: PODER, DINHEIRO e SEXO. Frei Beto disse, também, que deixou seu cargo, porque não compactuava com aquela orgia toda.

A "bola da vez" agora são os escândalos do Senado Federal. Passagens aéreas, vantagens financeiras diversas, funcionários públicos com salários absurdos e, principalmente, as orgias da dinastia Sarney, que já foi Presidente desse país por acaso, e que hoje é o Presidente do Senado Federal eleito pelo povo, diga-se de passagem. Cabe lembrar que, até o Collor voltou como Senador, pode?

Culpam-se as Instituições. Enche-se a boca para criticar os políticos. Mas quem os elegeram? Será que eles são os culpados? Eu entendo que não. Eles são os representantes legítimos do povo. Foi o povo que deu legitimidade e poder a eles. A Contituição Federal diz que: "O poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido". E eles emanaram do povo. São o espelho do povo brasileiro. Infelizmente, caro leitor, é a mais pura realidade.

Mas o que faz o povo, então? Faz como todas as pessoas fazem: a culpa é sempre dos outros, e ninguém vê sua parcela de culpa nesse processo. Como dizia o filósofo francês, crítico e escritor, conhecido como representante do existencialismo, Jean Paul Sartre: "O inferno são os outros".

Não vou entrar no mérito da questão se o Brasil está preparado para a democracia, até porque entendo que o povo deve ser responsável por suas escolhas e tem o direito de escolher.

Você vê a todo o momento os políticos de Brasília, quando alguém quer te "passar a perna", quando furam as filas, nas disputas no trânsito, enfim, no comportamento do brasileiro.

Alguns dizem que é mais fácil mudar as Instuições do que o povo, mas isso é impossível. A menos que acabemos com as eleições diretas e com a democracia.

Precisamos mudar o povo e sua cultura de 509 anos, pois o que veio para esse país foi somente a escória de pessoas. A chamada "Lei de Gerson" já está no DNA do povo.

Nossa geração não vai ver essa mudança, um Brasil com ética e com valores morais, mas sempre é bom lembrar que temos uma parcela de contribuição para essa mudança, com o nosso voto e com a educação de nossos filhos.

Quem sabe um dia, um país tão abençoado por Deus, com tantas belezas naturais, possa ter um povo educado, com valores, e com ética.

Eu sei que sou apenas um romântico e sonhador, e que na maioria das vezes "quebra a cara" por ser assim, mas sei que não sou o único, e ainda continuo acreditando que um outro mundo é possível a partir da educação dos nossos filhos.

domingo, 21 de junho de 2009

Jovem, meia-idade ou velho? Qual é a melhor idade?



Certa vez durante uma viagem, quando eu me encontrava na sala de embarque de um aeoporto, chamou-me atenção a maneira como os funcionários da companhia aérea se referiram às pessoas com mais de sessenta anos de idade, por ocasião da chamada para o embarque: pessoas da melhor idade. Desde então, comecei a reparar que os Bancos, também, se referem a essa faixa etária dessa maneira.

Em primeiro lugar, eu acho um grande preconceito da sociedade em estipular que o início da velhice começa aos sessenta anos. E por que ser velho é estar na melhor idade? Na verdade, essa foi uma maneira rídicula de fazer-se um elogio a uma faixa etária, sendo sutilmente preconceituoso.

A partir desse dia passei a perguntar-me: o que é ser velho e qual é a melhor idade?

Se você considerar somente que ser velho é ter uma idade avançada, e que a expectativa média de vida do brasileiro atingiu a marca de 71,9 anos, segundo mostra a pesquisa Tábua de Vida 2005 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), diríamos que as pessoas atingiriam a meia-idade aos 36 anos. Segundo o dicionário, a definição de meia-idade é mais pessimista ainda, pois diz que a meia-idade é a faixa compreendida entre 30 e 50 anos, ou seja, a partir dos 50 anos a pessoa entraria na velhice.

Mas vamos voltar a primeira pergunta: o que é ser velho? Segundo o mesmo dicionário, ser velho é ser antigo, obsoleto, antiquado, e seria a designação dada às pessoas que não praticam atos de gente moça.

Vejam só a incoerência da definição: o que seria, então, uma pessoa com mais de 50 anos? Moderna, atual, ou até mesmo de vanguarda? Jovem, meia-idade, ou velho?

Eu, particularmente, não classifico as pessoas segundo sua idade cronológica, ou seja, não as classifico em nenhuma dessas três faixas etárias. Se a pessoa é atual, não é obsoleta, acompanha as novas tendências de moda, música e tecnologia, e vive de acordo com o presente, não cultuando o passado, eu diria que essa pessoa é uma pessoa jovem ou moderna. Se é um visionário, ou seja, se está a frente do seu tempo, eu diria que é uma pessoa de vanguarda, e isso nada tem a ver com a idade cronológica. Isso também não quer dizer que a pessoa não possa gostar do antigo e do novo ao mesmo tempo.

Quando lembro que Oscar Niemeyer casou-se novamente aos 90 anos, e que Roberto Marinho fundou a Rede Globo aos 60 anos, mais convenço-me que a idade cronológica nada importa.

Um dia ouvi um amigo felicitar uma pessoa, que era um grande amigo de seu pai, por telefone, por ocasião do seu aniversário. O aniversariante dizia que ao completar 90 anos estava muito bem de saúde e sentia-se um jovem, ao contrário de um amigo seu que tinha 70 anos, e achava que a vida tinha acabado para ele. O nonagenário disse para o amigo, que tinha 70 anos, que o septuagenário tinha uma vida pela frente.

Assim, não existem pessoas jovens, de meia-idade, ou velhas, segundo a idade cronológica. Existem, sim, jovens que são velhos ou de meia-idade, e pessoas velhas ou de meia-idade que são jovens.

E qual a seria a melhor idade, então?

Para responder a essa pergunta, eu gostaria de lembrar uma sensação a qual todos nós passamos ao longo de nossas vidas.

Quando somos adolescentes achamos que quando fizermos trinta anos estaremos velhos e acabados. Os trinta anos chegam, vemos que nos sentimos bem, e desfrutamos dessa época em sua plenitude. Com a chegada dos quarenta anos, pensamos que muita coisa vai mudar, que o mundo vai acabar, e ainda sim continuamos a nos sentir maravilhosamente bem, dizendo que a vida começa aos 40. Aliás, essa idade em geral é uma idade de muitas transformações e mudanças, de muitas inquietudes e descobertas, e velhos não teriam mais o direito de mudar.

Tenho a impressão que nada acaba ou diminui com a idade cronológica, pelo contrário, sempre existirá um tempo para mudar de rumo na vida, para "virar a mesa", para começar de novo. Assim como Niemeyer, quando decidiu iniciar uma nova vida aos noventa anos de idade, ou Roberto Marinho que decidiu ser rico aos sessenta anos.

Portanto, a melhor idade é aquela que você está vivendo hoje. Se for um período complicado, de inquietude, de questionamentos, ou de profundas mudanças, mesmo assim continua sendo a sua melhor idade. Se você já é feliz e vive na sua plenitude, parabéns, a sua melhor idade também é aqui e agora.

O importante é nunca deixar de crescer, de promover mudanças na sua vida, e de ser contemporâneo. Assim, a idade cronológica só contará ao seu favor, pois, como um dia um amigo disse-me: "A experiência é pessoal, intranferível e só adquire-se com o passar do tempo".

Seja sempre jovem e viva a sua melhor idade.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Uma piada que virou reflexão.


Essa história me foi passada como piada, mas fez-me refletir muito.

Um turista havia viajado a uma terra linda e muito distante. Entre muitas pessoas, fez amizade com um velho sábio, que um dia lhe convidou para ir a sua casa. Pela sabedoria do velho, o turista imaginou que o sábio morasse numa casa, no mínimo, grande e muito confortável. Quando chegou à casa do sábio, o turista viu que o velho sábio morava em um quarto muito pequeno, úmido, que possuia somente uma cama, um pequeno guarda-roupas, e uma mesa com duas cadeiras. Então, o turista peguntou: - Por que o senhor sendo tão sábio mora em um quarto tão pequeno e com tão poucas coisas? E o sábio respondeu: - E você? Onde estão estão as suas coisas aqui nessa cidade? O turista respondeu: - Mas eu sou turista e estou aqui só de passagem. Então, o sábio retrucou: - Eu também estou somente de passagem.

Isso me fez refletir, talvez tardiamente, que estamos somente de passagem nessa vida, e que não iremos levar coisas materiais dela, e sim boas lembranças dos momentos felizes que vivemos.

Que nunca é tarde para reavaliarmos a nossa vida. Que nunca é tarde para nos redescobrirmos, nos reiventarmos, começarmos de novo, encontrando a nós mesmos.

Vou continuar lutando sempre muito por essas coisas. Peço todos os dias a Deus que me ilumine, para que eu encontre ou reencontre alguém muito especial, pois só assim viverei feliz e em paz.

Esse alguém existe ou deve existir, pois em vários momentos da minha vida eu já experimentei essa tal felicidade. Como diz Jacques Lacan: " Cada encontro é um reencontro consigo mesmo".

Se você já é feliz, viva intensamente e agradeça a Deus todos os dias por isso, pois você é um afortunado. Se ainda não o é, procure descobrir-se.

Nada acontece por acaso nessa vida, e todas as pessoas que cruzam o nosso caminho deixam, no mínimo, um legado para sermos melhores do que já fomos um dia. Até mesmo aquelas que um dia nos causaram dor, ou que um dia tentaram nos diminuir ou nos julgar, nos contituem hoje.

Eu sempre gostei muito de rosas. Sempre gostei de presentear com rosas. A rosa é uma flor linda e especial, mas também tem espinhos, e sua beleza não fica diminuída se nos ferimos com seu caule.

Nunca perca a esperança e continue crescendo sempre, pois um dia alguém me disse:

"NÃO HÁ CRESCIMENTO SEM DOR, E O MELHOR AINDA ESTÁ POR VIR."


sábado, 16 de maio de 2009

Sobre a vírgula.


Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.
Coloque a vírgula na frase a seguir :

"SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA."

Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A Terapia.

Hoje em dia ainda existe um preconceito muito grande com relação a psicologia e a psiquiatria.

Eu, particularmente, ainda tenho um certo preconceito com a psiquiatria, pois ainda acho que a mesma é direcionada exclusivamente ao tratamento de deficiências químicas do cérebro, por serem médicos, os psiquiatras. Esse preconceito se desfez um pouco quando li Flávio Gikovate, que é um médico psiquiatra com uma linguagem muito acessível ao público leigo.

No Livro “Homem - O Sexo Frágil?”, Gikovate descreve toda a psicologia masculina desde o nascimento do menino, sua adolescência, idade adulta, até a velhice. É um livro de uma linguagem muito simples, que abre a “caixa preta” do universo masculino, e que eu recomendo tanto para os homens que querem se conhecer melhor, quanto para as mulheres, dando a elas condições de entender melhor os homens. Mas Flávio Gikovate não acabou totalmente com meu preconceito com relação aos psiquiatras, pois ele deve ser uma exceção. Prefiro a psicologia e a psicanálise. Talvez, algum profissional possa fazer-me mudar de idéia de que os psiquiatras não são especialistas em psicoterapia, sendo que esta, com certeza, deve ser uma idéia completamente distorcida que eu ainda tenho.

Mas a psicologia eu acho fantástica, contrariando a maioria das pessoas que acham que psicólogo é recomendado para loucos e desequilibrados.

Certa vez, perguntei para uma psicóloga amiga minha sobre quem deveria fazer psicoterapia. Ela respondeu-me o seguinte: “Quem teve pai e mãe deve se tratar”.

Na verdade, todas as pessoas tiveram seus traumas de infância, adolescência e ainda os tem até mesmo na fase adulta. Passamos uma vida inteira como um barco à deriva, sem sequer nos conhecermos, colocando toda a culpa de nossos medos e frustrações no outro, sem olharmos para dentro de nós mesmos. Com certeza, as pessoas não se conhecem a si próprias.

Segundo a “Janela de Johari”, que é uma ferramenta conceitual, criada por Joseph Luft e Harrington Ingham em 1955, que tem como objetivo auxiliar no entendimento da comunicação interpessoal e nos relacionamentos com um grupo, temos quatro “Eus”: o Eu Aberto, o Eu Secreto, o Eu Cego e o Eu Inconsciente.

O Eu Aberto é aquele que você conhece e todo mundo conhece. Você pensa que grande parte desse “Eu” é você.

O Eu Secreto é aquele que só você conhece e que os outros não conhecem. Nesse “Eu” estão suas coisas conscientes mais íntimas, apesar de que você acaba em algum momento mostrando esse “Eu”, sem querer, para as outras pessoas.

O Eu Cego é aquele que as outras pessoas conhecem e você não conhece. É como as pessoas lhe percebem, e você não sabe que é percebido dessa maneira. Uma boa analogia para entender-se o Eu Cego é quando você estranha o tom de sua voz em uma gravação, ou se vê em um filme. Não sei você, mas eu sempre me acho estranho nessas situações físicas. Sempre acho que aquele não sou eu, que me movimento diferente, que sou mais magro ou que tenho a voz diferente. E isso é físico, imagina o psicológico.

O Eu Inconsciente, sim, é o mais perigoso, pois é aquele que você não conhece, e nem os outros conhecem. É um “Eu” que surpreende ou surpreenderá você e os outros em algum momento de sua vida.

Para conhecer o seu “Eu Cego”, você tem que estar disposto a receber “feedback” das outras pessoas. E não é fácil dar e receber “feedback”.

O seu Eu Inconsciente, então, para conhecê-lo seria impossível para leigos, pois essas pessoas não tem o preparo de um psicólogo para poder fazer uma leitura precisa desse Eu.

Por isso a importância de um profissional como um psicólogo para fazer as perguntas certas, e você encontrar as suas melhores respostas.

Tenho notado que pessoas que fazem psicoterapia são pessoas muito humanizadas, equilibradas e com uma visão de mundo excelente, pois conhecem muito de si mesmas, e tem uma compreensão das coisas, diferente das outras pessoas. São pessoas que, em conflitos de relacionamento, sabem reconhecer a sua parcela de contribuição.

Em geral, as pessoas acham que a psicoterapia demora muitos anos, pois querem se conhecer em uma ou duas sessões. Realmente, demora muitos anos ou toda uma vida. As pessoas vivem 30, 40 ou até 50 anos navegando psicologicamente a deriva pela vida, sem se conhecerem, e acham que podem achar suas respostas em uma meia dúzia de sessões. Isso não faz sentido. E o mais interessante é que as pessoas adoram falar de seus problemas para os amigos, pedindo opiniões deles, sendo que assim corre-se o risco de algum dia o livro de sua vida estar espalhado pelo mundo como um tablóide de fofocas.

Eu sempre que possível incentivo as pessoas a se darem essa oportunidade, ou fazerem esse investimento na psicoterapia para procurarem um melhor conhecimento de si mesmas.

Assim, com certeza, teremos seres humanos mais organizados e equilibrados, relacionamentos humanos mais saudáveis e, principalmente, menos loucos nesse mundo.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Um dia importante...

Hoje foi um dia de decisões e de escolhas muito importantes na minha vida.

Decisão, como o nome diz, significa uma cisão definitiva.

Decisões são solitárias, pois ninguém tem condições de opinar sobre as escolhas do outro, já que quem tem que tomar a decisão é o único merecedor das vitórias e o único que irá assumir as suas consequências.

Tudo deve ser feito no seu tempo certo, ou seja, no tempo individual de cada um.

Quando eu pensava o que escrever para marcar esse dia, nasceu minha primeira poesia:


Presente Temporal

O presente contado agora,
vira uma grande fofoca.
Contado no futuro,
vira apenas mais uma história.


Quem sabe um dia eu conto essa história no futuro...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Feliz Aniversário Nathália, filha amada!!! Você é a razão da minha vida!!!


Minha Nathália, filha amada...!!!

Hoje é seu aniversário, Querida...!!!! 10 aninhos...!!!

Lembro como foi esse dia há 10 anos atrás, como se fosse hoje.

O parto teve que ser cesariana, pois você era um bebezão enorme, e por esse e outros motivos não foi possível ser parto normal.

Você nasceu ruivinha, mas depois ficou uma princesinha linda, com os cabelinhos lisos e dourados.

No momento em que nasceu, você foi enrolada em um lençolzinho branco e eu te carreguei nos braços até outra sala para que Tia Sônia, tua pediatra, pudesse medir teu comprimento e te pesar na balança.

Depois disso, o papai todo orgulhoso te levou para a vitrine, que é um vidro onde todo mundo pudesse te ver.

Foi o dia mais feliz da minha vida, Querida...!!! Pode ter certeza disso...!!!

Você é tudo para mim. É a razão da minha vida.

O teu nome foi escolha minha. Escolhi NATHÁLIA, porque acho lindo, e coloquei o acento para que ninguém tivesse dúvida da pronúncia dele.

Participei de toda a tua vida até agora, vi você crescer, vi você aprender a falar, aliás a primeira palavra que você falou foi PABU, que era Papai. Descobrimos coisas juntos, e ainda vamos descobrir muitas outras.

Você é uma criança meiga, carinhosa, inteligente e muito estudiosa, e eu me orgulho muito de você, minha linda...

As melhores palavras que eu poderia te dizer neste dia tão especial é justamente a letra da música:

Parabéns a você...Nesta data querida...Muitas felicidades...Muitos anos de vida....”

Eu desejo, filha amada, que você seja muito feliz, que tenha muita saúde e muitos anos de vida. Estude bastante, meu amor, pois o estudo e o conhecimento são as únicas coisas que ninguém pode te tirar. Divirta-se bastante na vida, e que você continue sendo sempre essa criança linda que você é e, com certeza, sempre será.

As palavras são poucas para dizer a você o quanto eu te amo, o quanto eu te adoro, e o quanto você é a razão da minha vida.

FELIZ ANIVERSÁRIO, MINHA FILHA AMADA....!!!!

Te amo de paixão, meu amor...!!!!

Um abraço apertadinho e gostoso, e muitos beijos gostosos...

Papai.