sábado, 11 de abril de 2009

Cães morrem com suspeita de envenenamento no Campus do Vale da UFRGS.




Ação revoltou grupo que zela pela saúde dos animais que vivem no local.




Para qualquer local que se olhe dentro do Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), lá está um cão. Já virou uma característica do local. Porém, desde o último sábado, o número de animais tem diminuído. Seis cachorros foram encontrados mortos e um está desaparecido. A principal suspeita é envenenamento.

Como o campus é aberto, não há nenhum tipo de restrição à entrada de pessoas e animais no espaço. O fato atraiu a presença de animais, basicamente cães, que passaram a habitar os prédios e a mata que rodeia as salas de aula. Muitos deles caminham pelo corredores, por entre alunos e professores.

Mas a presença da matilha não agrada a todos. É o que diz Mara Rejane Ritter, coordenadora da Associação dos Defensores de Animais do Campus do Vale da UFRGS, projeto que reúne funcionários, alunos e professores imbuídos em acolher os cães que vivem na universidade.

— Há pessoas que não concordam com a presença dos animais aqui no campus. Sempre foi assim. Mas a maneira mais equivocada de resolver o problema é matando os bichos. Outros aparecerão e tudo vai continuar igual. O que está acontecendo desde sábado é uma barbárie — afirma.

Os cães mortos foram levados para análise, mas o resultado da perícia, que apontará a causa da morte, só ficará pronto em 10 dias. Mara garante que diversos veterinários examinaram os cães mortos e todos afirmaram que os indícios são de envenenamento.

No sábado, três animais amanheceram mortos. No domingo, outros três, e um sumiu. Os corpos dos animais estavam espalhados pelo campus quando os integrantes da associação chegaram ao local. Ao constatar as mortes, registraram ocorrência na delegacia de polícia.

— Damos comida, castramos e estamos sempre atentos aos animais. São cães saudáveis. O cercamento da área seria a melhor solução, mas não há verba para isso, então, temos que tentar conviver com eles da melhor maneira possível — diz Mara.

Desnorteado com a possível dose de veneno, um animal despencou do primeiro andar do prédio antes de morrer. Cartazes com fotos dos corpos dos cães estão espalhados pelo campus para alertar a comunidade acadêmica para a gravidade do fato. Atualmente há mais de cem animais habitando o local.


FONTE: www.clicrbs.com.br - 09/04/09 - 11h 22min



2 comentários:

  1. Eu fico muito triste ao ler esse tipo de notícia, e fico ainda mais descrente em relação aos humanos. Durante todo o meu curso convivi com animais que adentravam o campus, pois aqui na UFES sempre foi aberto. Alimentávamos os animais, eles tinham até nomes e eram conhecidos por todos. Isso que está acontecendo na UFRGS é realmente uma barbárie!!! É uma pena que nesses casos é difícil encontrar os culpados.

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  2. Passei aqui logo cedo para tomar o meu "cafezinho com bolo"... Mas ainda não tinha nada... Só essa sua última postagem, que me deixa muito, muito, muito triste... Não suporto ver essa foto do bichinho morto...
    Por favor, posta logo alguma outra coisa que me faça acreditar um pouco mais na humanidade...
    Quem sabe um poema... Como vc bem disse, "o mundo precisa tanto de poesia"...

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